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foto: RúbenFletcher

PROJECTO

Com o nome inicial "Let Spray", João Leal e Jorge Viegas (guitarra e voz) fundam
a banda OMAIRA em meados de 1996. Juntam-se a eles Marta Azevedo (voz)
e Alberto Marques (guitarra) e esta é a primeira formação.
Na periferia de Lisboa (eixo Amadora-Cacém) e num contexto de Igreja, este conjunto nasce do desmembramento dos "H.POS", adoptando alguns temas desse tempo, como "Oração" e "O Riso e a Lágrima", mas com uma abordagem mais "acrústica" (acústica e rústica!).
Um ano mais tarde, John Fletcher (guitarra), entra para a banda por troca
com João Leal, trazendo diferentes influencias musicais, que caracterizam,
em boa parte, a sonoridade desta banda.
Pode dizer-se que a surpreendente e revigorante junção do "urbano"
e do "erudito" fazem, até hoje, o "som de marca" do conjunto.
Entre muitas apresentações de âmbito eclesiástico, em 1999 participam
no "Concerto por Timor", realizado na Aula Magna, em Lisboa.
Em 2000, Jorge Viegas sai dando lugar à voz de Nuno Bossa, mas em 2001
a formação separa-se durante 4 anos.
Em 2005, já com todos os elementos casados, John Fletcher reúne a banda para
a produção de um disco de compilação com os melhores temas e em 2006, com Nuno Bossa, Marta Azevedo e o regressado Jorge Viegas (pela primeira vez três vozes), segue-se a gravação e produção de "OMAIRA", disco homónimo de originais da banda, nunca antes editado. (Com a colaboração preciosa de David Neutel, Olívia Fletcher, Lurdes Chappell, Pedro Carvalho, Paulo Medeira, André Ferreira e Fausto Corneo.)
No mesmo ano, entre outros eventos, os OMAIRA tocam no Pavilhão Atlântico,
e em 2007 participam em novo projecto humanitário ("Artistas por Darfur"),
a convite de Miguel Cardoso, ligado, entre outros projectos, à banda KYRIOS.
Passaram pela banda os guitarrista  João Peixoto, Miguel Sousa, Levi Alves, Tiago Cavaco, e o violinista Rui Barriga. E entre 2007 e 2011 juntou-se à formação,
(e pela primeira vez um 5º elemento) o guitarrista Marco Rodrigues.
O projecto Omaira está oficialmente inactivo desde 2011.

Omaira Sanchez

"No dia 13 de Novembro de 1985,

o vulcão Nevado del Ruiz, Colômbia,

entrou em erupção, derretendo as

neves que o cobriam, tornando-as

em lama que, juntamente com a lava,

arrasaram a povoação de Armero, desaparecendo, literalmente, do mapa.

Da tragédia, que deu a volta ao mundo

em todos os notíciários televisivos

e jornalísticos, os números eram

terríveis: cerca de 25.000 dos 35.000 habitantes morreram, sepultados

debaixo da sua própria aldeia.

20 horas depois da ocorrência

da tragédia, um socorrista da Cruz Vermelha encontrou uma menina

coberta de lama e fatalmente presa

em destroços até ao peito. A sua casa

e família jaziam debaixo de si própria.

Seu nome era Omaira Sanchez.

O coração da pequena Omaira,

com apenas 12 anos, parou no dia

16 de Novembro, 59 horas depois

da erupção. Mas essa não foi a única história para ser contada.

Nas filmagens e fotos desses instantes,

é possível perceber, por entre a dor, momentos de ânimo lúcido, sorrisos

e canções de igreja que emocionaram socorristas, palavras que memória

alguma poderá apagar.

Omaira era mais nova que eu.

Para mim, que me lembro, seu

testemunho ao mundo não ficará mudo, mais de 20 anos depois.

A sua declaração de fé está bem viva

na minha memória:

"El Señor me espera."

("O Senhor espera-me.").

Quero morrer a cantar o amor de Jesus. Quero ser corajoso como Omaira."

Jorge Viegas, 2007

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